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Duarte Pacheco (Engenheiro. Ministro das Obras Públicas e Comunicações)

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Duarte Pacheco (Engenheiro. Ministro das Obras Públicas e Comunicações)

Detalhes do registo

Nível de descrição

Documento composto   Documento composto

Código de referência

PT/PR/AHPR-CH/CH0101-CH010104/CH01010401/D212115

Tipo de título

Formal

Título

Duarte Pacheco (Engenheiro. Ministro das Obras Públicas e Comunicações)

Datas de produção

1933-05-27  a  1933-07-17 

Dimensão e suporte

1 capa (com 6 fls.)

Extensões

1 Capa

Âmbito e conteúdo

Decreto de concessão do grau de Grã-Cruz da Ordem Militar de Cristo, de 24 de junho de 1933, assinado pelo Presidente da República, Óscar Carmona e pelo Ministro do Interior, Albino Soares Reis Júnior (publicado no D.G. nº 150, de 1 de julho de 1933).

Cota atual

CH.D212115

Cota depósito

D212115

Cota antiga

2571

Unidades de descrição relacionadas

PT/PR/AHPR/CH/CH0101/CH010105/CH01010501/D207512 -Duarte Pacheco (Grã-Cruz da Ordem Militar de Santiago da Espada)

Transcrição

Duarte José Pacheco, nascido em Loulé, a 19 de abril de 1900 e falecido em Setúbal, a 16 de novembro de 1943, foi um engenheiro e ministro português, do período do "Estado Novo".Filho de um comissário da polícia de Loulé, ingressou aos 17 anos no Instituto Superior Técnico da Universidade Técnica de Lisboa, onde se forma em 1923 em Engenharia Eletrotécnica. Um ano depois é contratado como assistente e em 1925 já era professor ordinário, ensinando a cadeira de Matemáticas Gerais. Em 1926 torna-se diretor interino do IST e, em 10 de agosto de 1927, o Conselho Escolar determinava, por unanimidade, a sua nomeação como Diretor efetivo.Em 1928, com apenas 29 anos, ocupa pela primeira vez um cargo político, ao ser nomeado para Ministro da Instrução Pública, exercendo estas funções apenas durante uns curtos meses. A 18 de abril toma posse e a 10 de novembro demite-se. Era o primeiro governo de José Vicente de Freitas, estando Óscar Carmona na presidência da república. É nessa altura que Duarte Pacheco é designado para convencer Salazar a regressar à pasta das Finanças - depois da amarga experiência dos cinco dias da sua participação no Governo de Mendes Cabeçadas, como colaborador do General João Sinel de Cordes - negociando as condições extraordinárias que o professor de Coimbra exige para voltar a ocupar o cargo, tomando posse a 28 de abril desse mesmo ano.É sob a orientação de Duarte Pacheco, que se dá início à construção dos edifícios do Instituto Superior Técnico em Lisboa.Em 1932, Duarte Pacheco volta a ser convidado por Salazar para participar no seu Governo, na pasta de Ministro das Obras Públicas e Comunicações. A 5 de julho assume pela primeira vez a pasta das Obras Públicas e Comunicações, até 18 de janeiro de 1936, altura em que é forçado a abandonar as funções ministeriais.Em 1933, o engenheiro Duarte Pacheco inicia uma profunda modernização dos serviços dos Correios e Telecomunicações por todo o país. Neste mesmo ano, nomeia uma Comissão Técnica para estudar e elaborar um plano que pudesse levar à construção de uma ponte sobre o rio Tejo, ligando Lisboa, pela zona do Beato a Montijo. Chega mesmo, no ano de 1934, a propor a construção de uma ponte rodo-ferroviária, em Conselho de Ministros. É, ainda, o autor de projetos dos "novos Bairros Sociais" de Alvalade, Encarnação, Madredeus e Caselas, e da atual Avenida de Roma, em Lisboa.Afastado do Governo em 1936, regressa ao Instituto Superior Técnico, mas no dia 1 de janeiro de 1938 é nomeado presidente da Câmara Municipal de Lisboa, e meses depois, a 25 de maio, em acumulação, novamente ministro do Governo de Salazar, passando a ocupar a pasta das Obras Públicas e Comunicações, pasta que - desta vez - só abandonará devido à sua morte prematura. Na manhã de 15 de novembro de 1943, Duarte Pacheco vai a Vila Viçosa inteirar-se dos trabalhos em curso para a construção da estátua de D. João IV naquela localidade. Pretendendo chegar a tempo ao Conselho de Ministros, marcado para essa tarde, regressa logo a Lisboa. Durante a viagem, na Estrada Nacional n.º 4, no lugar da Cova do Lagarto, entre Montemor-o-Novo e Vendas Novas, o veículo oficial em que seguia a alta velocidade despista-se, embatendo com o lado direito num sobreiro; um acompanhante teve morte imediata, enquanto que os outros sofreram ferimentos relativamente ligeiros. Duarte Pacheco, gravemente ferido, é transportado para o Hospital da Misericórdia em Setúbal onde, apesar de todos os cuidados médicos, acaba por falecer, na madrugada de dia 16.Ao longo da sua carreira, quer como professor ou estadista, Duarte Pacheco promoveu, e revolucionou, o sistema rodoviário de Portugal, para além das inúmeras construções de obras públicas que mandou executar, tais como a marginal Lisboa-Cascais, o Estádio Nacional, e a Fonte Luminosa, em Lisboa. Foi sua ideia, também, a criação do Parque de Monsanto, e contribuiu para a construção do aeroporto da cidade de Lisboa. Foi também, o grande responsável pela organização da Exposição do Mundo Português, realizada em 1940 em Lisboa.https://pt.wikipedia.org/wiki/Duarte_Pacheco